matadouro

Sem história oficial

In cidade, quem não toma o leite on Deireadh Fómhair 18, 2008 at 4:25 rn

É depois de um dia repleto de pequenos (aqui fica a ironia e o rárárá) fracassos, pensei nas sóbrias conversas com especialistas em futuros fracassos e tirei a madrugada pra pensar no feito, nessa corrida espacial-nuclear uma vez que não há espaço no planeta para certos tamanhos de ego.

Prestes a desistir de um futuro sem futuro pelo qual lutava sem tentar me abater com as viagens perdidas por culpa do dinheiro investido na incerteza, para outro mais promissor como morar embaixo da ponte do Arroio Dilúvio e lá construir uma casa, uma plantação, uma cadeira de balanço pra cuidar de umas vaquinhas, ovelinhas e afins, havemos de pensar nos ocorridos e resolver de uma vez por todas os perrengues com a massaraça cheia de traçahumana.

2h25min. sem sucesso.

Permanece a lembrança do crachá, das dezenas de anotações, leituras + entendimentos prévios sobre o tema, gravador, fitinha k7 gravada-regravada-trevada, das perguntas bem formuladas, das considerações e anotações mentais sobre o lado esquerdo e da lembrança sobre o esquecimento das tarefas centrais para esperar, esperar e ter meus 2000 caracteres trocados por cerveja com bolinho de bacalhau em downtown.

Mas não me sai o cheiro daquela mulher pra quem ontem perguntei por que, pra onde, de onde vinha toda aquela gente que em fila não dava pra ver onde começava nem onde terminava. E por não desviar meu caminho que finalizava em alguma mesa amarela patrocinada pela Skol pra segui-la e bater a cara pra ser mais leve o soco de hoje, de amanhã e de depois que aquele cheiro impregou.

Lembrei que fronteira era uma palavra que, como estória, deveria ser rechaçada e sumir no limbo das palavras que só pretendem existir.